Consideró que la crisis representa una táctica dilatoria del actual régimen político para consolidar la subversión del orden democrático
Soldecanarias.net / Adeje
La Liga Guineana de Derechos Humanos (LGDH) denunció que la legalidad democrática y el orden constitucional están amenazados por la “crisis jurídico-política artificial creada para alimentar intereses no confesados”.
La denuncia fue hecha pública por el presidente de la Liga Guineana de Derechos Humanos, Bubacar Ture, en una rueda de prensa, en la que hizo pública la entrega de una carta a la Fiscalía General de la República solicitando que abra un proceso penal contra el juez conselheiro Lima André.
En la carta, la Liga Guineana de Derechos Humanos consideró que la crisis representa una táctica dilatoria del actual régimen político para consolidar la subversión del orden democrático y permanecer en el poder “ilegalmente” con “la participación proactiva del Tribunal Supremo de Justicia”.
Para la Liga, desde hace algún tiempo, la más alta instancia del sistema judicial guineano se ha convertido en un instrumento de influencia política del presidente de la República, lo que ha sido utilizado como una conducta recurrente y sistemática por el Tribunal Supremo de Justicia, STJ.
La Liga afirmó que esta actitud ha contribuido significativamente a minar la precaria confianza de los ciudadanos en la administración de justicia, cuya magnitud y gravedad “derivan de la arrogancia del juez conselheiro Lima André”, es decir, la usurpación de funciones mediante el ejercicio arbitrario de prerrogativas reservadas al presidente del STJ.
“Ha trabajado en connivencia con el poder político actual para socavar la independencia del poder judicial, mediante destituciones arbitrarias, jubilaciones obligatorias y suspensiones ilegales de jueces por haber decidido casos de carácter político, de conformidad con la ley y su conciencia, en línea con la Constitución de la República”, se puede leer en la carta leída por Bubacar Turé.
En la carta, la Liga consideró “nula” y “sin efecto” el pronunciamiento emitido por el Presidente de la Corte Suprema de Justicia, por estar viciado, pues “la entidad que solicitó la aclaración sobre el asunto no tiene legitimidad para solicitar el pronunciamiento, al no ser parte del proceso que derivó en la sentencia”.
Según la Liga, desde el punto de vista de competencias, la aclaración debe ser dada por el pleno de la Corte Suprema de Justicia, es decir, el grupo de jueces que produjo la sentencia.
La Liga dijo que la aclaración adolece de un defecto de forma y de contenido, por haber sido dada por quien no tenía prerrogativas para hacerlo, por haber sido emitida fuera del plazo estipulado por la ley y además por versar sobre una materia que no era objeto de un contencioso electoral, regulado por la sentencia nº 06/2020, de 4 de septiembre.
En vista de estos hechos descritos en la carta, en el ámbito del deber social de garantizar la consolidación de la democracia y el Estado democrático de derecho, la Liga desafió al Ministerio Público a abrir un proceso penal competente contra el Juez Consejero, Lima António André, ya que su conducta indica objetivamente la práctica de delitos contenidos en el Código Penal y en la Ley de Tribunales de Cargos Políticos tales como prevaricación, usurpación de cargo, atentado contra la Constitución de la República, abuso de poderes y falsificación de documentos.
Cabe señalar que el presidente de la Corte Suprema de Justicia, juez conselheiro Lima André, emitió sentencia el 4 de febrero de 2025 sobre el fin del mandato del Presidente de la República, en la que determinó que el mandato del presidente Sissoco Embaló sólo terminará el 4 de septiembre y hasta entonces deberá permanecer en el poder, de manera incondicional, hasta la toma de posesión del nuevo presidente electo.
Portugues version
A Liga denuncia que a legalidade democrática e a ordem constitucional estão ameaçadas na Guiné Bissau
Considerou que a crise representa uma tática protelatória do actual regime político para consolidar a subversão da ordem democrática
A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou que a legalidade democrática e a ordem constitucional estão ameaças pela “crise jurídico-política artificial engendrada para alimentar interesses inconfessos”.
A denúncia foi tornada pública pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Ture, em conferência de imprensa, na qual tornou pública a entrega de uma carta ao Procuradoria-Geral da República a pedir que este abra um processo-crime contrao Juiz Conselheiro Lima André.
Na carta, a Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou que a crise traduz-se numa manobra dilatória do regime político vigente para consolidar a subversão da ordem democrática e conservar-se no poder “ilegalmente” com “comparticipação proativa do Supremo Tribunal de Justiça”.
Para a Liga, de algum tempo a esta parte, a instância máxima do sistema judicial guineense transformou-se num instrumento de arremesso político do Presidente da República, que tem sido utilizado como uma conduta recorrente e sistemática do Supremo Tribunal de Justiça, STJ.
A Liga afirmou que essa atitude tem contribuído significativamente para minar a precária confiança dos cidadãos na administração da justiça, cuja magnitude e gravidade “decorrem das prepotências do Juiz Conselheiro Lima André”, nomeadamente usurpação de funções pelo exercício arbitrário das prerrogativas reservadas ao presidente de STJ.
“Tem trabalhado em conluio com o poder político vigente para minar a independência do poder judicial, através das demissões arbitrárias, aposentação compulsiva e suspensões ilegais de juízes por terem decidido processos de índole política, de acordo com a lei e sua consciência, em consonância com a Constituição da República”, pode ler-se na carta lida por Bubacar Turé.
Na carta, a Liga considerou “nula” e “sem efeitos” a declaração emitida pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, por padecer de irregularidades, porque “a entidade que pediu a aclaração do assunto não tem legitimidade para requerer a declaração, por não ter sido parte do processo do qual resultou o acórdão”.
Segundo a Liga, do ponto de vista das competências, a aclaração deve ser proferida pelo plenário do Supremo Tribunal de Justiça, ou seja, o colectivo de juízes que produziu o acórdão.
A Liga disse que a aclaração padece de vício de forma e de conteúdo, por ter sido proferida por quem não tinha prerrogativas para o efeito, por ter sido emitido fora do prazo estipulado na lei e igualmente e por ter recaído sobre uma matéria que não foi objeto de litígio eleitoral, regulado pelo acórdão N°06/2020, de 4 de setembro.
Perante estes fatos narrados na carta, no âmbito de atribuição social de zelar pela consolidação da democracia e do estado de direito democrático, a Liga desafiou o Procuradoria Geral da República a abrir um competente processo-crime contra o Juiz Conselheiro, Lima António André, visto que a sua conduta indicia objetivamente as práticas dos crimes constantes no Código Penal e na Lei de tribunais de Cargos políticos como a prevaricação, usurpação de função, atentado contra a Constituição da República, abuso de poderes e de falsificação de documentos.
De sublinhar que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, juiz conselheiro Lima André, proferiu um despacho no dia 04 de fevereiro de 2025 sobre o fim do mandato do Presidente da República, no qual determinou que o mandato do Presidente Sissoco Embaló só termina a 04 de setembro e até lá deverá manter-se no poder, de forma incondicional, até à posse do novo presidente eleito.
